Foram 26 horas sem praticamente dormir, mas com muita atividade. Partimos de Petrolina às 19:30 da sexta-feira 31/10 e chegamos em Curaçá às 21:00h desse mesmo dia. Depois de nos alojarmos na Pousada Recanto Campestre, fomos jantar no restaurante Bode & Cia, e depois fazer uma visita para a nossa querida amiga e jornadeira Rosana Machado, que hoje mora naquela cidade. Apesar do avançado da hora, alguns ainda se animaram para sair para fazer fotografias noturnas.
De qualquer forma, o dia seguinte começou muito cedo. Sem café para tomar, partimos da pousada às 4:40 numa van alugada na cidade e fomos em direção ao nosso destino final, a Gruta de Patamuté onde aconteceria a famosa romaria, distante 78Km de Curaçá. Iniciamos o trajeto ainda sob a escuridão da noite, por uma estrada de terra que estava em boas condições graças às providências tomadas pela prefeitura. Eram 6:10h quando chegamos ao estacionamento/acampamento onde ficam os veículos dos visitantes (caminhões, ônibus etc) e onde a maioria dos romeiros, que tinham chegado na noite anterior, dormiram em barracas e redes improvisadas. No meio de tudo, dezenas de barracas vendendo de tudo, de comida e bebida até presentes e artigos religiosos.
Depois de caminhar por 400m por um pequeno aclive, chegamos à entrada da gruta, onde romeiros se aglomeravam e soltavam fogos de forma incessante. Nessa entrada uma escadaria levava até o fundo da mesma, um imenso salão com 120m de comprimento, 40m de largura e 22m de altura. Com velas e romeiros por toda parte, a gruta tinha uma ambiência inusitada, inclusive por conta da tribo de índios que, lá dentro, enquanto a missa acontecia, fazia os seus rituais de música e dança, batendo os pés no chão e cantando "Parabéns pra você". Realmente sui generis.
Um pouco antes do meio-dia, já cansados da viagem e da intensa atividade fotográfica, e passadas as missas das 6:00h, das 8:00h e das 10:00h, retornamos à nossa van e demos uma esticada até o Povoado de Patamuté, distante 18Km da gruta. Lá almoçamos no restaurante da dona Ambrozina, em meio à muita gente, muita música alta e muita confusão. Depois, aproveitamos para clicar o povoado e imediações.
Finalmente, retornamos para Curaçá, onde chegamos no início da noite, e fizemos nova visita para a Rosana, que justamente nesse dia estava se mudando para a casa recém-construída. Em seguida, hora de tomar um banho, arrumar as coisas e voltar Petrolina, onde chegamos às 21:00 do sábado 1º/11. Todos exaustos, naturalmente, mas extremamente recompensados pela qualidade do material fotográfico colhido nessa viagem. Tanto do ponto de vista da natureza (gruta) quanto do ponto de vista humano e religioso, o resultado foi excepcional.
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