segunda-feira, 29 de abril de 2019

Vaqueiros e Rodeadouro com um sabor de Argentina


Desta vez fomos em cinco: Marcus, Cicero, Antonio Filho, Lisandro e Mariana. Os dois últimos são argentinos, estão hospedados na casa de Alvany, de passagem pelo Brasil, e nos deram a honra de participar da nossa atividade fotográfica. Assim, eles também puderam conhecer um pouco da cultura dos vaqueiros e da região.

Nos encontramos (Marcus, Lisandro e Mariana) na praça do Centenário às 8:30h. De lá fomos buscar o Cicero em casa e seguimos direto para o bairro Dom José Rodrigues em Juazeiro, onde iria acontecer a 25ª Festa dos Vaqueiros. A festa, como é tradicional, começou com uma missa celebrada em frente a um grande grupo de encourados nos seus cavalos, e continuou com um desfile pelas principais ruas do bairro. O desfile foi puxado por um grande carro de som que transportou o Antonio, o Lisandro e a Mariana na parte de cima, com vista privilegiada para o desfile. Marcus e Cicero seguiram embaixo, de carro, no meio dos cavalos e dos vaqueiros.

Depois de encerrado o desfile, almoçamos no restaurante Cantinho da Ilha (na estrada da Tapera) e ainda aproveitamos o final de tarde para circular pela ilha do Rodeadouro. Tudo, naturalmente, foi motivo para fotografia, incluive os novos amigos argentinos. Muita novidade para eles, nem tanto para nós, o fato é que o dia foi muitíssimo bem aproveitado, tendo se encerrado apenas com o cair da noite, ainda no Rodeadouro. Ali pegamos a barquinha de volta, deixamos todos nas suas casas e usufruimos o merecido descanso. Ficaram as novas amizades, os bons momentos vividos, as risadas, a troca de experiências e, não menos importante, a revitalização das amizades antigas e, é claro, as lindas imagens de um dia exuberante repleto de lindos cenários e personagens,

Sejam sempre bem-vindos, Lisandro e Mariana. Foi um prazer conhecer vocês, esperamos que possam estar conosco novamente em breve. Boa sorte na sua Jornada pelo Brasil e mantenham sempre contato!

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Convocação para a 88ª Jornada Fotográfica - Festa dos Vaqueiros do Dom José Rodrigues


A Jornada de abril acontecerá no próximo domingo, dia 28/04, na Festa dos Vaqueiros do bairro Dom José Rodrigues em Juazeiro.

Trata-se de uma festa urbana, mas que ainda assim conta com as atrações que estamos acostumados, como é o caso da missa e do desfile dos vaqueiros pelas ruas do bairro. A missa está programada para iniciar às 10:00h e o desfile acontecerá após a mesma.

Por isso, iremos nos encontrar às 8:00h na praça do Centenário e seguiremos para lá em carros próprios. Após a missa e o desfile poderemos almoçar na região e retornar para Petrolina durante a tarde.

Seria bom saber quem pretende ir a fim de organizarmos as caronas. O meu carro, por exemplo, oferece 4 vagas desde já. Não haverá nenhum custo desta vez.

Exploração e registro fotográfico de cavernas situadas no município de Campo Formoso (BA)

 

Por Maria do Socorro

No sábado, dia 23/03/2019, iniciava mais uma das muitas Jornadas Fotográficas do Vale do São Francisco, desta vez, com o objetivo de explorar e registrar o interior de duas das cavernas localizadas no município de Campo Formoso-BA.

Para mim era a primeira experiência e especialmente diferente, dado os desafios pessoais que precisaria superar para adentar no interior de cavernas aonde, para mim era tudo medo, escuridão e pavor!

A concentração, como de costume, foi na Praça da Igreja Matriz, para saída às 13 horas. Logo na concentração tivemos a baixa de três integrantes do grupo. Partimos na hora prevista, com destino a Campo Formoso, município baiano, localizado a 158 Km de Petrolina-PE e conhecido pelo turismo, atraído pela clima ameno, pelas belezas naturais, pelo extrativismo de pedras preciosas e também pelas diversas cavernas existentes em toda a extensão do município.

Tão logo entramos no transporte que nos levaria ao destino, começou a chover, o que foi muito bom, porque tornou a viagem diferente do planejado. Depois de fazer check in na pousada, o plano era subir o Mirante de onde poderíamos apreciar, por um lado, uma linda vista do pôr do sol sobre cidade de Campo Formoso-BA e do outro lado, registrar as belas montanhas da Serra de Jacobina.

A chuva mudou os planos! Aguardamos esperançosos que, no domingo, dia 24/03/2019, a natureza fosse generosa conosco, abrindo um sol para podermos registrar, do alto do Mirante, as belezas do pôr do sol e das montanhas que contornam a cidade. A natureza foi generosa e ouviu nossas preces!

Ainda no sábado, sob a chuva, depois do check in, só nos restou descansar um pouco e sair para jantar. Mesmo assim, saímos no lucro! Mesmo chovendo, o Dalmo nos encontrou na saída do restaurante e, generosamente, se prontificou a fazer um tour pela cidade, passando pelos principais pontos turísticos e parando na praça aonde ocorre a famosa Feira do Rato. Também nos apresentou a loja de pedras preciosas do hotel situada naquele mesmo ponto, o que nos rendeu variados registros.

Mas antes de sairmos para o jantar, a Ana cuidou de brindar nossa chegada com um vinho, prenunciando como seria seu aniversário no dia seguinte, em algum salão das cavernas a serem exploradas.

Acordamos cedo para o café da manhã e, às 7h, acompanhados guia explorador de cavernas e conhecedor das belezas e riscos das cavernas que íamos explorar, partimos para a primeira caverna, conhecida por Toca do Angico, que fica à ~30 Km da cidade.  Ali somos surpreendidos com as belezas das pedras e paredes coloridas, refletidas pela luz das nossas lanternas, auxiliadas pela claridade das diversas claraboias existentes ao longo da extensão dessa caverna. É uma visão emocionante que nos rendeu belíssimos registros! Valeu muito a pena!

Depois de explorar toda a Toca do Angico e nos impressionarmos com o colorido das pedras, acampamos em um dos salões e, sob o fecho de luz de uma claraboia, paramos para um lanche organizado pelos colegas exploradores. Ah, mas antes o Marcus teve o cuidado de providenciar o processo de descontaminação, para nos imunizar, em razão do contato com vetores de contaminação de doenças silvestres, especialmente os dejetos de morcegos existentes em abundância no interior da caverna.

Terminado o lanche, dali seguimos para a próxima caverna, denominada de Toca da Tiquara. Já sabia que ela não tinha claraboias e que a entrada era um pouco mais dificultosa que a anterior. Mas quase desisti de entrar quando senti o cheiro de animal em decomposição e o guia nos falou que alguns animais adentram na caverna e não conseguem sair. Por essa razão até fecharam a entrada com uma grade. Entrar ali é um desafio para quem tem algum problema com claustrofobia, especialmente porque acesso ao interior da caverna tem aproximadamente apenas sessenta centimetros de altura e um metro de largura. Antes de entramos, o guia deu as instruções e nos encorajou, afirmando que esse acesso apenas o acesso estreito a baixo, mas que dali a uns dez metros, não precisaríamos andar agachados. Além dessa entrada, tudo mais na Toca do Tiquira é pura escuridão.

No interior, a quantidade de morcegos e seus dejetos é abundante. Ali o silêncio e escuridão absoluta são cortados pelos filhotes de urubus, que formam uma orquestra de estranhos sons, um tanto assustador, se o guia não tivesse nos prevenido ou se não estivéssemos em grupo. Ao longo da caverna nos deparamos com enormes salões, recortados e enfeitados com variadas formações rochosas. O que mais impressiona é uma belíssima formação que lembra três bruxas perfiladas com o rosto coberto pelos chapéus! Essas esculturas, por si só, já valem a pena o esforço e o enfrentamento do medo. Além dos Chapéus de Bruxa, ainda temos outra formação que lembra os testículos de um touro, tanto que assim é chamando. E diz a lenda que quem pegar o testículo do boi, em dias que ele estiver minando água, e fizer um pedido, terá o pedido realizado muito rapidamente. Verdade ou não, sei que cada um dos integrantes do grupo levou alguns minutos acariciando os Testículos do Boi e fazendo seus pedidos.

Depois de sairmos das entranhas da Toca do Tiquara, no meio do mato, teve vinho e champanhe para brindarmos o aniversário da Ana.

Dali partimos para o almoço num restaurante dos arredores, prévia e cuidadosamente escolhido por Marcus.

Depois do almoço, retornamos para Campo Formoso e fechamos o dia com belíssimos registros fotográficos, do alto do mirante, de um lado, com vista para cidade coberta pelo pôr do sol e do outro, com vista para as lindas montanhas que cortam a região.

A volta para Petrolina ocorreu conforme planejado, com a chegada por volta das 21:30horas, eu trazendo comigo a satisfação de ter superado desafios, e com a vontade de voltar lá, aonde tudo é silêncio e escuridão, o que favorece o processo de meditação e conexão e, por algum grupo que trabalhe com técnicas de meditação, aproveitar os benefícios daquele silêncio e escuridão para o processo meditativo.

Na próxima Jornada Fotográfica estarei na primeira fila!