segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Três anos de Jornadas Fotográficas

O aniversário aconteceu em setembro mas a comemoração foi agora em outubro, no último sábado, dia 26. Na noite desse dia, 33 jornadeiros se produziram dentro do melhor estilo brega para celebrar, no salão de festas da Sociedade 21 de Setembro, três anos de muita fotografia, amizade, aventuras e diversão. Com direito a bolo de aniversário, parabéns pra você, discurso, projeção de fotos de making-of, trilha sonora e iluminação de primeira, foi sem dúvida uma noite muito agradável e memorável. Obrigado a todos os que participaram, e também aos que, por um motivo ou pelo outro, não puderam estar presentes nessa noite mas nos enviaram as suas melhores vibrações, que com certeza fizeram toda a diferença nessa noite tão especial.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Uma jornadeira e suas sensações


Por Joana Pereira

Quando estou em uma Jornada Fotográfica, sensações me perseguem, e é sobre algumas em especial que quero comentar. Fazer parte do grupo tem me proporcionado muitos aprendizados e aguçados sentimentos de plenitude, prazer, saudade e pertencimento. Desde a tomada de decisão em ir para uma jornada, as informações sobre o lugar, o envolvimento com os amigos que comungam objetivos sobre a arte da fotografia, a viagem, até o acolhimento das pessoas, é tudo expectativa. A Jornada para a 15ª Serenata da Recordação em Santa Maria da Boa Vista/PE foi um desses momentos inusitados.

O encontro que tinha como objetivo capturar o melhor ponto de vista, a boa imagem que referendasse o décimo quinto aniversário da “Tradicional Seresta” parece que só seria realmente bom se o grupo estivesse completo. “E a Dani que não chegou, trouxe o colchonete para ela” o Zé pontua. Logo veio a surpresa, a sensação de desfalque. Incrédulos com o número de jornadeiros formado até o momento que iria para Santa Maria da Boa Vista, aguardava-se por uma alteração. Bem, o que parece é que a saudade já mostrou a cara e cada um aguarda por aquele que mais se identifica.

Quando esperávamos que mais alguém chegasse para compor a cena era porque tínhamos certeza que perderiam muito se não compartilhasse daquele momento. Foi surpreendente constatar a beleza dos detalhes das ruas que serviram de recorte visual para vivenciarmos o espetáculo de luzes, brilho, alegria dos seresteiros e o glamour de todos que ali se encontravam. Cada jornada que deixamos de ir perdemos em tese não só no número de fotos para o nosso acervo, mas deixamos de sentir a emoção e a sedução que momentos ímpares nos oferecem. Quando nos apoderamos daquele olhar de cumplicidade e rememoramos a corrida de argolinha, o azul, o vermelho, relatos dos antigos apaixonados que arriscavam dizer através da melodia, do violão e da sacada, trazemos à tona uma gama de sentimentos.

Tudo são signos que nos remetem ao presente de uma Cavalgada ou uma Tradicional Seresta onde moradores não querem que acabe. Os “15 anos de Recordação” tematiza uma festa em uma cidade ribeirinha e constitui um resgate e uma confirmação do quanto ainda vive o desejo na filha e no filho dos seresteiros. A veracidade de uma emoção que até hoje é sentida na melodia “[...] afinal se amar demais passou a ser o meu defeito [...]”, “[...] Eu não penso mais em nada/ A não ser só em voltar [...]”. O contágio nas ruas e o coro acompanhado dos seresteiros é o resultado de como a música, enquanto arte, pode causar sensações e aproximar os incautos e diferentes, tornando-os uma unidade de desejos e belezas. Afirmo com todas as letras que foi uma jornada marcante.

Quando as jornadas são descritas, denúncias e flagrantes se tornam visíveis e consequentemente há lamentos por não ser mais um elemento da composição. A nitidez, a perspectiva, a luz, o contraste complementam o recorte bem pensado, o clic bem dado. Quanto mais fotógrafos mais registros e possivelmente maior calor humano e aprendizado. Então, ao cantar e ouvir os versos “[...] Nos livros que eu tento ler/Em cada frase tu estais/Nas orações que eu faço/Eu encontro os olhos teus [...]” revela-se um saudosismo e a falta de algo e alguém. Essa alocução próxima à data de aniversario do grupo nos remete a uma lista enorme de nomes que complementam e caracterizam o grupo Jornadas Fotográficas do Vale do São Francisco.

E por falar nos traços individuais dos jornadeiros não refutamos a paz e a sabedoria de muitos. Somos tantos, uns com mais e outros com mais ainda. Mas, voltando à fita, lembro que fechamos nossa jornada com chave de ouro. Mudamos nosso ritmo de seresta para sertanejo. E foi por aí que alguns jornadeiros conseguiram cumprir o prometido: acompanharam todo o festejo, só retornando quando o dia amanheceu. Bom, a excentricidade do Zé não podia deixar por menos e fui sobressaltada no colchonete com uma música que vinha da sacada “Eu não abro não”. O som era agudo, forte e despretensioso, era uma resposta a um lamento de Luciana que vinha lá de baixo “Zé abre a porta”. A Alvany e Isabel, que ainda dormiam no quarto ao lado imediatamente levantaram.

Pertencer e viver no grupo significa saborear a plenitude das emoções que cada integrante exala. E continua nossa caminhada para completar o terceiro ano de laços fortalecidos, liderança empática ao extremo, MARCUS RAMOS!!!! Parabéns a todos, os novos, os veteranos e aqueles que simpatizam com a proposta do grupo.

domingo, 20 de outubro de 2013

Encontro com Cristina Cenciarelli

Confratenização de jornadeiros com a fotógrafa italiana Cristina Cenciarelli após o Encontro Fotográfico do último dia 18/10/2013, em noite que contou também com a presença da fotógrafa Fernanda Capibaribe.

Uma Serenata para a alma

Faltam palavras para descrever a beleza da Serenata da Recordação, realizada na noite de ontem em Santa Maria da Boa Vista (PE). Serenatas não são típicas na região, por isso o interesse em conhecer de perto este evento, que já se encontra na sua 15ª edição (o primeiro da série aconteceu em 1999).

Depois de partir de Petrolina às 16:30h, chegamos em Santa Maria perto das 18:00h. Como a festa só iniciaria às 21:00, aproveitamos para circular pela cidade e nos familiarizar com a decoração e a circulação.

Repleta de visitantes vindos de todos os cantos, a parte central da cidade estava muito bem arrumada, com carpete vermelho no chão, janelas enfeitadas com cortinas aparentes e flores, arcos na entrada das ruas etc. Em cada casa, em cada detalhe, era visível o carinho e o capricho dos moradores e dos organizadores com o acolhimento e a boa apresentação.

Eram pouco mais de 21:00h quando casais de debutantes, no melhor estilo da serenata romântica, entraram em traje de gala e, após desfilarem pelas ruas, se posicionaram na escadaria em frente ao palco principal. Às 23:30 chegaram as autoridades (prefeita, secretários, organizadores, patrocinadores etc) e logo atrás deles os seresteiros com os seus instrumentos, cantando canções atemporais em meio à casarões históricos e remetendo o cortejo que os seguia para um cenário de "belle époque" que todos carregamos no imaginário.

Uma vez instalados no palco, as autoridades fizeram os seus discursos e, em seguida, os seresteiros desfilaram uma vez mais o seu repertório, dessa vez devidamente amplificados e iluminados, para o deleite das famílias que ocupavam as mesas ao redor e dos visitantes que preenchiam os espaços livres.

Terminada a apresentação no palco, teve início a parte mais emocionante da noite: foi quando os seresteiros desceram do mesmo e, a pé, seguiram cantando pelas ruas madrugada adentro, em perfeita sintonia com a lua cheia, o clima ameno, a brisa que soprava do Velho Chico, as ruas pouco iluminadas e o casario antigo.

Ao longo do trajeto, recheado das melhores músicas e de excelentes interpretações, uma verdadeira homenagem ao melhor da música brasileira, paradas estratégicas em seis residências previamente designadas para homenagear antigos moradores, relembrar velhas histórias, enaltecer a vida, destacar a obra, e associar-se aos antepassados para contar a história da cidade e dos seus personagens mais importantes. Tudo isso em clima de muita emoção, com direito a cumprimentos efusivos e discursos dos seresteiros e também dos moradores, que ainda ofereciam comes e bebes para os presentes. Jovens, adultos e idosos participavam com a mesma emoção, e até os que já se foram estavam presentes na forma de fotografias colocadas em mesas nas portas e janelas das casas. Até na residência do padre houve parada para soltar os pulmões, tocar os instrumentos e pedir a benção.

Depois desse circuito mágico e inesquecível, o retorno ao palco principal, porém dessa vez para assistir à apresentação de Altemar Dutra Júnior, que embalou a multidão com canções do pai e outras do repertório romântico. Nada comparado, no entanto, com a magia, a beleza e a grandeza da caminhada com os seresteiros e dos seus encontros com os moradores.

Não muito depois, o céu começava a clarear e a maioria dos visitantes já tinha voltado para casa. Hospedados num apartamento gentilmente cedido pela nossa anfitriã, alguns dos nossos jornadeiros puderam descansar um pouco antes do retorno que aconteceu às 7:00 da manhã desse domingo. Antes das 8:30 já estávamos de volta em Petrolina. Exaustos, com poucas ou nenhuma hora de sono, mas extremamente gratificados pelo que vimos e ouvimos. A população de Santa Maria da Boa Vista está de parabéns pelo belíssimo evento que hospeda e do qual é artista principal e coadjuvante. Também estão de parabéns os organizadores por tanto zelo e capricho, visível em cada detalhe dessa noite encantadora.

Deixo aqui os meus sinceros e profundos agradecimentos ao Júnior Bedor, pelo convite e por todo apoio no sentido de viabilizar a nossa presença no evento. O nosso muitíssimo obrigado para Suely Gonzaga, diretora do evento que nos recebeu na chegada e disponibilizou um apartamento como ponto de apoio durante a permanência do nosso grupo na cidade.

Que a Serenata da Recordação possa continuar cumprindo por muitos e muitos anos a sua função de preservar e divulgar a boa música, estimular os bons hábitos de  convivência comunitária e, principalmente, trazer tanta emoção e tanta alegria para tantas pessoas. É realmente um privilégio sentir que fazemos parte de uma celebração tão linda e saudável, que reacende a nossa esperança em um futuro melhor e mais auspicioso.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

"Importa prá você?" na TV

Entrevista concedida por Tereza Roberta Rodrigues sobre a inauguração da exposição "Importa prá você?" na UNIVASF em setembro de 2013. Para assistir é só clicar na imagem acima.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Convocação para a 32ª Jornada Fotográfica - Serenata da Recordação

A nossa próxima Jornada acontecerá na noite do dia 19 de outubro (sábado), durante a 15ª Serenata da Recordação na cidade de Santa Maria da Boa Vista (PE). A Serenata é um evento que reúne moradores e visitantes dentro da melhor tradição romântica, ao som dos seresteiros que percorrem as ruas da cidade, passam pelas casas para saudar as famílias e tocam noite adentro, até o amanhecer. E nós estaremos lá com os nossos olhares e as nossas máquinas fotográficas para registrar os sentimentos, a movimentação e os detalhes dessa inusitada celebração sertaneja, às margens do Velho Chico.

domingo, 13 de outubro de 2013

Entre Belém e Floresta

Já estão disponíveis as fotos da 30ª Jornada, realizada em agosto de 2013 nas cidades de Belém de São Francisco e Floresta, ambas em Pernambuco. O resultado pode ser conferido aqui. Espero que todos apreciem o resultado!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Tradicional Forró da Espora

Tradicional festa organizada pela prefeitura de Petrolina há mais de 40 anos, na época do São João, o Forró da Espora está agora documentado pela lente dos nossos jornadeiros. Confiram o resultado clicando aqui e curtam a música, as comidas, as bebidas e principalmente o prazer e a simplicidade de todos que os tiraram a noite para se divertir, participando ou apenas assistindo.