terça-feira, 25 de novembro de 2014

Simplicidade, fé e beleza

Esta seleção apresenta 110 imagens produzidas pelos 9 jornadeiros que participaram da 43ª Jornada Fotográfica na Gruta de Patamuté (Curaçá-BA) realizada no último dia 1º de novembro.

Elas nos trazem retratos tocantes dos romeiros, da sua devoção e também das condições precárias que eles enfrentam para poder praticar a sua fé. Além disso, é possível conferir a imponência e a beleza de uma formação geólogica importante da região,

No final, um pouco da Vila de Patamuté, situada a 18Km da gruta, para onde a maioria dos visitantes segue em busca de refeição e descanso depois da cansativa romaria. Por último, alguns detalhes do cemitério do lugar.

Para conferir o conjunto completo, é só clicar aqui. Parabéns a todos pela sensibilidade e pela obtenção de bons resultados em condições precárias de iluminação.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Conversando com Lídio Parente

Jornadeiros e apoiadores se confraternizam com o fotógrafo Lídio Parente, logo depois do Encontro Fotográfico promovido pelo Instituto Revelare no último dia 21 de novembro. Após uma breve apresentação do seu percurso e da sua produção, com vários livros publicados e diversos projetos realizados em várias partes do território nacional, envolvendo o autoral e o comercial, os presentes tiveram a oportunidade de debater com ele sobre temas diversos num clima de muita informalidade. A noite terminou com autógrafos no seu último lançamento Ser Tão, e com um jantar no Bodódromo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sons do Olhar

A exposição Sons do Olhar, que encerra a Semana da Música de Petrolina, será inaugurada no próximo dia 22/11, sábado, às 20:00h no Centro de Convenções da cidade. Depois, ela será transferida para a Biblioteca Municipal Cid Carvalho.

Com 10 imagens ampliadas em grande formato (2,20 x 1,60m), a exposição está sendo promovida pela Secretaria de Cultura do município, com apoio do Jornadas Fotográficas. As fotografias exibidas foram selecionadas entre o acervo dos participantes do grupo, e trazem como temática o universo da produção musical no Vale do São Francisco, em suas diferentes formas.

Registramos aqui o nosso agradecimento para o maestro e professor Luciano Silva, secretário de cultura, idealizador da Semana da Música e também desta ousada proposta, para Sérgio de Sá, assessor do secretário que não mediu esforços para a realização da mesma, e ainda Itamar Maia, que coordenou e supervisionou o processo de impressão das imagens.

Estão todos, portanto, convidados para a inauguração da mesma no próximo sábado, dia 22/11/2014.

domingo, 16 de novembro de 2014

Jornadeiros Super-Heróis

Esse ano, pela primeira vez, o Jornadas Fotográficas ganhou um presente de aniversário. O inspirado texto, escrito pela jornadeira Joana Pereira, era pra ter sido lido durante a festa, acompanhado de um áudio-visual preparado especialmente para a ocasião, mas que acabou não ficando pronto. Depois, seria na noite do sábado que passamos em Curaçá, mas os cansados foram dormir e os mais animados foram fotografar na cidade. Finalmente, fomos agraciados com a leitura do mesmo durante a viagem de volta de Curaçá no domingo de noite, dentro do próprio ônibus.

Na sua homenagem, Joana usa a metáfora dos super-heróis para traçar um perfil do grupo, dos seus membros e das suas atividades. Um texto tocante, em que ela fala sobre as nossas armas, a nossa missão, o nosso poder e a nossa identidade. Um texto que emocionou a todos que ouviram a sua leitura sobre o asfalto rápido, depois de um dia cansativo na Gruta de Patamuté.

Obrigado, Joana, pelo presente e pela sensibilidade. Você, mais do que fotografia, foi capaz de capturar a essência de um grupo complexo e por isso mesmo muito rico. Obrigado por fazer parte do Jornadas Fotográficas!

Agora, o texto:

O Grupo Jornadas Fotográficas do Vale do São Francisco completou quatro anos de existência. Os 246 fotógrafos, repetidas vezes, se preparam para o ataque! É possível afirmar que os jornadeiros são heróis? Não, são super-heróis. Desde quando a astúcia, agilidade, força, senso de justiça, visão de raio x e flexibilidade são características desse grupo? Como justificar o empoderamento desses fotógrafos? 

 É chegada a hora de transformar a realidade e a arma mais temida foi acionada, agora ao ataque. Todavia as estratégias e o tino observador é algo que não pode ser abstraído de um herói. A missão de cada um é ver a beleza escondida. Quando um jornadeiro diz: “Eu tenho a força, sou invencível”, manifesta no seu olhar um certo poder no qual a transformação logo acontece. E não é o clic com sua lente potente e um cano extenso que elimina aquele que possui uma máquina mais simples. Mas a junção das habilidades e astúcia de cada um garantirá um resultado surpreendente.

Wolverine, a Mulher Maravilha, o super Mau Mau, o onipotente MÔ, o infalível Meninão e a invisível Dedo de Aranha foram acionados para o combate. Mas o vilão  mora na rua ao lado e está jogando bola, para lá e para cá. Todos estão prontos para usar seus poderes. Os clics são ativados   e uns pretendem capturar o olhar angelical de sua presa; outros flagram um detalhe da vestimenta que revela o quão carente é o seu alvo; alguns pretendem sugar a energia do sol que forma um belíssimo contra luz no cabelo. E como é de se esperar, a Mulher Maravilha, escala a montanha mais alta, ajusta sua angular, usa o zoom e retrata esse ser na sua total carência e pequenez. 

Através do sentido da visão o fotógrafo evoca os sentidos em suas imagens. E cada um, parte daquilo que mais o interessa. O que faz a diferença para o poderoso Cris, talvez, não o faça para o destemido Marcus. A objetiva mais para a esquerda, direita, levantada, aproximada ou preferencialmente um plano mais aberto revela gostos, vivencias e desejos de fotógrafos. E já dizia Kant que “Nós não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos”. E assim, a multiplicidade de recortes de uma realidade transforma-se em singularidades de um grupo cheio de aptidões.

São tantas as jornadas! Serra dez, Bodocó, Serra da Capivara, Vaquejada, Serrote do Urubu dentre tantas, e cada uma diferente da outra. Sendo o grupo composto por tantos, o herói dito e expresso neste texto é por hora controverso, pois também é uma pessoa comum, hora indeciso e presente em suas manias e loucuras. Assim também, Macunaíma o era. 

Essa incursão por terras desconhecidas transforma os jornadeiros em desbravadores, e por vezes, as diversas habilidades são ativadas quando precisam passar por dentro de buracos tão pequenos que muitos duvidam se é possível ultrapassar. Além da flexibilidade, equilíbrio, persistência e destreza outros poderes são referenciados, pois lugares íngremes e altos são muito comuns para essa galera. Portanto, não é à toa que são protagonistas de belíssimos registros que depõem simplicidade, técnica, glamour e por que não, verdadeiras obras de arte.

Todavia, se não houvesse interessados nesta arte, não precisariam melhorar suas estratégias de captura. As trocas e aprendizagens constituem instantes que dialogam sobre as formas eficazes de controlar seus poderes. Cada plano é traçado considerando a esperteza do opositor, e por isso, os encontros marcam momentos sérios ou descontraídos, no qual o foco é como perseguir a presa, usar a luz estonteante ou a escuridão inebriante enquanto recurso, estreitar laços, aperfeiçoar os detalhes da captura ou descobrir qual o ISO conveniente. 

Portanto, para o Grupo Jornadas Fotográficas do Vale do São Francisco, celebrar e comemorar as aventuras bem sucedidas é como degustar um vinho da melhor safra. Sendo assim, a superação está apenas na corrida por um desejo, na busca e satisfação em alimentar egos a partir dessa viagem no mundo dos registros, da fotografia, na busca do belo. Enfim, a metáfora procede, e quatro anos para esses super-heróis só representam a busca por mais primor, refinamento nos seus poderes e a sede  por mais sabedoria. O grupo merece Parabéns!!!!

Joana Pereira.

domingo, 9 de novembro de 2014

Convocação para a 44ª Jornada Fotográfica - Parque Estadual das Sete Passagens (Miguel Calmon-BA)

A última Jornada do ano acontecerá no Parque das Sete Passagens em Miguel Calmon-BA, distante 286Km de Petrolina. Como já é costume para os meses de dezembro, esta Jornada será também um acampamento.

O Parque, criado em 2000, possui área de 2.821 hectares e fica ao sul da Serra de Jacobina, constituindo um dos remanescentes da Mata Atlântica na região. Com mais de quinze cachoeiras e saltos de grande beleza, além de inúmeras trilhas e mirantes, o Parque possui uma flora e uma fauna muito ricas, formada inclusive por espécies ameaçadas de extinção.

Com excelente infraestrutura (composta por sede, segurança, guias, banheiros, área para camping etc), o Parque é um local de visitação obrigatória para todos que apreciam a natureza e a fotografia de natureza. Nós acamparemos dentro do Parque e poderemos fazer uso de toda essa estrutura, além de fogão, pia e chuveiros.

Nós partiremos de Petrolina no dia 6 de dezembro (sábado) às 6:00h da manhã, com previsão de chegada em Miguel Calmon às 11:00h. Depois de um almoço rápido na cidade, nós iremos até o Parque, descarregaremos as nossas coisas na área de camping e faremos pelo menos uma trilha curta na parte da tarde. No final do dia nós montaremos as nossas barracas, prepararemos o nosso jantar e curtiremos a noite estrelada de Miguel Calmon no alto do Parque.

No dia seguinte (7/12, domingo), nós levantaremos cedo, tomaremos café e faremos pelo menos uma trilha mais longa na parte da manhã. Depois, decidiremos entre comer no Parque e fazer mais uma trilha na parte da tarde, ou então descer para cidade, almoçar por lá e depois ir fotografar Miguel Calmon.

Artesanato e vida selvagem em Petrolina

Foi uma Jornada dupla, em locais de grande importância para Petrolina e a região. Na Oficina do Artesão Mestre Quincas conhecemos não apenas o ateliê e o seu acervo de obras, mas também a rotina de trabalho dos seus principais artistas: matéria-prima que foi aproveitada pelo talento dos 24 jornadeiros que participam da presente seleção.

Em seguida, foi a vez do Parque Zôo-Botânico da Caatinga, onde a nossa atenção recaiu sobre os traços e as expressões dos seus simpáticos moradores. Estão todos de parabéns pelo trabalho, que dignifica duas iniciativas feitas com muito esforço, seriedade e competência. Ficam também os nossos votos para que tanto a Oficina quanto o Parque sejam cada vez mais conhecidos e reconhecidos na cidade e na região. Para conferir as 135 imagens dessa edição, é só clicar aqui.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Fé debaixo da terra

Foram 26 horas sem praticamente dormir, mas com muita atividade. Partimos de Petrolina às 19:30 da sexta-feira 31/10 e chegamos em Curaçá às 21:00h desse mesmo dia. Depois de nos alojarmos na Pousada Recanto Campestre, fomos jantar no restaurante Bode & Cia, e depois fazer uma visita para a nossa querida amiga e jornadeira Rosana Machado, que hoje mora naquela cidade. Apesar do avançado da hora, alguns ainda se animaram para sair para fazer fotografias noturnas.

De qualquer forma, o dia seguinte começou muito cedo. Sem café para tomar, partimos da pousada às 4:40 numa van alugada na cidade e fomos em direção ao nosso destino final, a Gruta de Patamuté onde aconteceria a famosa romaria, distante 78Km de Curaçá. Iniciamos o trajeto ainda sob a escuridão da noite, por uma estrada de terra que estava em boas condições graças às providências tomadas pela prefeitura. Eram 6:10h quando chegamos ao estacionamento/acampamento onde ficam os veículos dos visitantes (caminhões, ônibus etc) e onde a maioria dos romeiros, que tinham chegado na noite anterior, dormiram em barracas e redes improvisadas. No meio de tudo, dezenas de barracas vendendo de tudo, de comida e bebida até presentes e artigos religiosos.

Depois de caminhar por 400m por um pequeno aclive, chegamos à entrada da gruta, onde romeiros se aglomeravam e soltavam fogos de forma incessante. Nessa entrada uma escadaria levava até o fundo da mesma, um imenso salão com 120m de comprimento, 40m de largura e 22m de altura. Com velas e romeiros por toda parte, a gruta tinha uma ambiência inusitada, inclusive por conta da tribo de índios que, lá dentro, enquanto a missa acontecia, fazia os seus rituais de música e dança, batendo os pés no chão e cantando "Parabéns pra você". Realmente sui generis.

Um pouco antes do meio-dia, já cansados da viagem e da intensa atividade fotográfica, e passadas as missas das 6:00h, das 8:00h e das 10:00h, retornamos à nossa van e demos uma esticada até o Povoado de Patamuté, distante 18Km da gruta. Lá almoçamos no restaurante da dona Ambrozina, em meio à muita gente, muita música alta e muita confusão. Depois, aproveitamos para clicar o povoado e imediações.

Finalmente, retornamos para Curaçá, onde chegamos no início da noite, e fizemos nova visita para a Rosana, que justamente nesse dia estava se mudando para a casa recém-construída. Em seguida, hora de tomar um banho, arrumar as coisas e voltar Petrolina, onde chegamos às 21:00 do sábado 1º/11. Todos exaustos, naturalmente, mas extremamente recompensados pela qualidade do material fotográfico colhido nessa viagem. Tanto do ponto de vista da natureza (gruta) quanto do ponto de vista humano e religioso, o resultado foi excepcional.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Para cada doença um remédio

A noite do último dia do curso de Capacitação em Primeiros Socorros começou com convulsões, hemorragias e curativos, e terminou com ataques de animais peçonhentos, queimaduras, choques elétricos e afogamentos. No meio do caminho, técnicas para lidar com globo ocular saltado para fora da caixa craniana, ferimento de bala no pulmão, evisceração, faca encravada no corpo, amputações e muito mais. Tudo isso explicado e demonstrado de forma segura e competente pelo tenente Lustosa, que nos brindou com mais uma aula repleta de novos e importantes conhecimentos, além de diversas histórias da sua vida profissional.

No final, fica a sensação de que estamos mais preparados para lidar com situações de emergência, mas que sinceramente esperamos nunca venham a acontecer. E, também, a certeza que os bombeiros são os verdadeiros heróis da nossa vida cotidiana. Para eles, nas pessoas do major Charles, do sargento Edian, do tenente-coronel Luiz Cláudio e do tenente Lustosa, do Corpo de Bombeiros de Petrolina, os nossos sinceros agradecimentos e reconhecimento.

E obrigado também aos 18 jornadeiros que participaram do curso com grande interesse e entusiasmo: as nossas próximas Jornadas com certeza terão um salto significativo de qualidade no quesito segurança.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A noite dos imobilizados

Terceiro dia de aulas do curso de Capacitação em Primeiros Socorros: aprendendo a fazer diversos tipos de imobilização com o tenente Lustosa.