quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Marinheiras de primeira viagem


Por Júnnia e Ana Beatriz

Muitas histórias para contar e novas aprendizagens, jornada riquíssima essa. Melhor forma de inaugurarmos nesse grupo não poderia haver.

Durante a viagem, a conversa agradável e o clima amigável amenizaram o primeiro contratempo: o ar condicionado quebrado.  Afinal, no calor do sertão, só com boa conversa ou então contando os jegues na estrada, não é, mas peraí, preso não vale... hei, cavalo e vaca também não... só jegue mesmo, e solto.

Na chegada, um almoço delicioso, ainda mais temperado pela fome. No hotel, só surpresas agradáveis: uma vista linda e o rio ao fundo no “quintal”, ou seria “murada”, ou “muro”? Não foi possível chegar a um consenso nesse ponto. As psicólogas não resistiram a um banho de rio na lua cheia, coisa de gente doida, de alma hippie e amante da natureza. Mas antes, um passeio nas usinas da Chesf, primeira parada para os cliques já ansiosos. Primeiro contato com os cânions do São Francisco, maravilha indescritível, pena ser menos conhecida e divulgada que o merecido.

O sábado teve início com a trilha do Umbuzeiro, lugar fantástico, cenários únicos que surgiam inesperadamente ao longo da caminhada. Até o clima favoreceu nesse dia! Belíssimas fotos, impossíveis sem as habilidades de um Kalango. Tércia não resistiu e ligou na hora para compartilhar a experiência com entes queridos, nesse caso, segundo José Carlos – que tudo sabe, Mel e Mingau (mais conhecidos como Papa, o chefão da máfia italiana... ou era um discípulo de Bob Marley que ao encontrar o amor, até que enfim, deixou de compor? Sorte a nossa, não é Suzana?). Afinal não é todo dia que se nasce novamente! Calma, não foi nenhuma experiência arriscada de quase morte, mas o buraco da agulha pelo qual todos passamos, paridos na serra do Umbuzeiro, que de umbuzeiro mesmo não tinha nada, só o nome e a vegetação ao redor. Depois da trilha, um merecido almoço à beira do rio, num lugar agradabilíssimo, com boa música. Com o estômago em dia, partimos pra Usina Hidrelétrica de Angiquinho, na margem Alagoana, com direito a parada para fotos na ponte que é divisa entre Bahia e Alagoas.

E o períneo que era coisa só de mulher, mas eis que o efeito diurético da cerveja fez com que o coitado, até então esquecido e negligenciado, se contraísse quase que involuntariamente. Ainda bem que não é coisa só de mulher, ufa!

Terminada a visita a Angiquinho, que nos presenteou com um belo pôr do sol, nos viramos nos trinta pra ficarmos prontos e curtirmos o Jazz na Rua da Frente. Projeto incrível, no qual além de proporcionar música de excelente qualidade, nos ensinou como compor pagode baiano. Sim, tem ciência para isso, minha gente! É preciso 3 coisas: um fato banal (tipo “a nega passando o pano”), um jogo de contrastes (tipo “tá sujo... tá limpo”) e uma palavra de ordem para mobilizar a galera (tipo “sujeeeeira”). Ah, claro, e o gritinho no final: Haaaaaaih. E aí, aprendeu? (alguém se lembra do nome do artista?).

O domingo começou bem cedo, até mudamos a rotina da pousada, que nos serviu o café da manhã uma hora antes do normal. De lá, fomos fazer o passeio de catamarã, mais um show de beleza proporcionado pela natureza. Mais um cenário para muitos cliques. De volta, pretendíamos almoçar na Prainha, mas o local estava impraticável e ainda tivemos que ouvir da dona do restaurante: “Vão embora depois de dar tanto trabalho?”. Decidimos ir ao restaurante do dia anterior, questão resolvida. Em seguida, partimos para a pousada, onde tivemos em torno de meia hora pra estarmos prontos pra volta. Às 15 horas iniciamos nosso retorno, sem o também novato Iuri, que seguiu viagem pra Recife.

José Carlos tratou de divertir a todos principalmente quando dentro do “busão”.  E realmente precisamos de diversão, sem ar condicionado, poltrona dura, enfim... E quando aparecia um quebra-molas na estrada era mais um pagode baiano “quebrando o cóccix, quebrando o cóccix... quebra tuuuudo”, era Dani mais uma vez praticando o conhecimento recém-adquirido. Isso sem falar em sua vasta sabedoria sobre motéis. Enfim, às 21:30 chegamos em Petrolina.

Nossas impressões deste grupo: as pessoas se gostam e gostam de estar juntas. Somos todos muito bons, mas somos melhores juntos. Alguns partindo, deixarão saudades, mas deixarão outras coisas também: moto, gato, enfim. Outros chegando, mas que pareciam já estar todo o tempo ali, no grupo, sensação de pertencimento. Impossível ser de outra forma em um grupo tão acolhedor e com um propósito nobre compartilhado: a busca de novos ângulos, enquadres, cores e contrastes. Este, definitivamente, é um grupo que tem história pra contar e que a cada momento, a cada encontro, escreve e reescreve essa história por meio das experiências e risadas compartilhadas, além das fotografias, claro, o motivo que nos une. Temos a impressão que o melhor da fotografia não é o produto em si, mas como se chega nele, o que é preciso fazer para se chegar à imagem final, isso sim é o mais divertido, o motivador. Essa jornada, como provavelmente todas as outras anteriores, cada uma por seus motivos, foi especial. Lugar e companhias mais inspiradoras para lindas fotos não poderia haver. E falando nelas, nada melhor do que as imagens registradas para contar mais essa anedota. Então, deixemos dessa conversa fiada e vamos a elas. Apreciem, porque, como disse Tereza, é o que se leva da vida: bons momentos com pessoas queridas, em lugares especiais.

Um comentário:

  1. Meninas, agradeço a vocês por terem me ajudado a lembrar como se compõe um pagode... já havia esquecido!!! hehehe

    ...e sejam bem vindas ao grupo! que outras viagens gostosas como essa venham em 2014, 2015, 2016... =)

    Lu.

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