sábado, 22 de junho de 2013

Convocação para a 29ª Jornada Fotográfica - Forró da Espora

A nossa última jornada do semestre acontecerá no próximo sábado, dia 29 de junho, no Forró da Espora, no estádio de futebol de Petrolina.

Parte integrante das comemorações juninas na cidade, o Forró da Espora é uma festa dedicada aos vaqueiros vindos de toda a região. Vaqueiros este que, no dia seguinte (domingo), seguem da festa montados nos seus cavalos diretamente para a Missa do Vaqueiro, realizada na orla da cidade.

Com muita animação, barracas, música, vaqueiros e figuras interessantes e, mais importante, forró legítimo, a festa é, provavelmente, a expressão mais relevante de um formato de celebração que vai aos poucos desaparecendo das cidades maiores, em especial de Petrolina. Por isso, o nosso interesse em ir até lá para registrar e documentar a mesma. E, naturalmente, também para desfrutar do agradável ambiente, das ótimas companhias e aproveitar a animação!

Nós iremos nos encontrar no próprio estádio às 20:00h. Eu pretendo reservar uma mesa em alguma barraca para que possamos nos encontrar e usar como ponto de apoio. Assim que eu tiver mais informações eu darei as coordenadas. Fora isso, eu também vou negociar com a organização, para que estejam todos cientes da nossa atividade e nos proporcionem o apoio necessário.

Sendo assim, quem vai?

Bom São João para todos!

sábado, 8 de junho de 2013

Sertão e Qualidade de Vida

Nos dias 30, 31 (maio), 01 e 02 (junho) aconteceu em Juazeiro, no complexo Multieventos da UNIVASF, o "I Encontro Nordestino de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde".

Como uma das atividades da programação, o nosso grupo foi convidado para apresentar uma exposição de fotografias, com o tema "Sertão e Qualidade de Vida", que foi exibida no hall de entrada do complexo durante os quatro dias do evento. Não se tratou de uma exposição de trabalhos originais, mas uma reedição de trabalhos já expostos anteriormente, porém com um novo recorte. As 20 imagens selecionadas para a exposição são de autoria dos jornadeiros:
  • Aline Nunes
  • Cecilio Bastos
  • Chico Egídio
  • Cristiano Almeida
  • Eunelice Vieira
  • Flavia Ramos
  • Hélio China
  • Ilana Copque
  • José Carlos
  • Lizandra Martins
  • Marcos Ribeiro
  • Marcus Ramos
  • Maria da Paz
  • Maurício André

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Jornada São José do Belmonte, nas trilhas da Serra do Catolé

(Fotos de Itamar Maia)

Foi uma jornada sem igual, primeiro pela longa distância, para apenas dois dias... Um dia fotografando e um dia viajando. Segundo, pela riqueza de assuntos belos e coloridos, e terceiro, pelo improviso e incertezas. Quando Marcus falou dos carros que iriam subir a serra, pouco antes das sete da manhã  do  domingo,  eu,  Danielly e Júlia, fomos de carona na carroceria da caminhoneta que ia carregada de pães para o preparo do café da manhã, para os trezentos cavaleiros e amazonas que iam fazer o percurso pela trilha da serra do Catolé. Estávamos ansiosos pela expectativa de fazer o mesmo percurso dos cavaleiros e ao mesmo tempo preocupados, sem saber se todos os Jornadeiros tinham conseguido carona. Mas, enquanto isso, íamos curtindo o friozinho gostoso da serra e a beleza da flora, com locais onde a mata quase que formava um túnel. Ainda no caminho até o local onde iria ser servido o café, veio um pouco de frustração, quando soubemos que  nosso transporte só iria até a fazenda. E só mais tarde é que iria retornar pra cidade, pra depois seguir pela estrada principal. Mas fazer o que? Não tínhamos escolha!

Chegamos à fazenda ao som de forró pé de serra e já com fartura de mungunzá, frutas e bebidas diversas.  Pouco a pouco os cavaleiros foram chegando e um aglomerado enorme de pessoas se formou. E um café farto ia sendo servido a todos. Dezenas de burros e cavalos amarrados às cerca, formavam um corredor, que dava saída a trilha na serra, em direção a Pedra do Reino. Comemos e bebemos, mas sempre na expectativa de como iríamos seguir adiante... Quando já sem muita esperança, eu, Itamar, José Carlos, Joana, Evelin e Ângela e mais dois fotógrafos, conseguimos carona na carroceria de uma potente caminhoneta de um bacamarteiro. Ainda com muitos cavaleiros na fazenda, partimos para uma emocionante aventura nas trilhas da Serra do Catolé. Tampa traseira aberta, ia eu praticamente sem ter em que me segurar. Nas subidas me agarrava como podia no canto da carroceria e só torcia para não ter uma parada brusca. No terreno mais plano conseguia tirar alguma foto. E pelo caminho além da belíssima paisagem, ultrapassávamos dezenas de cavaleiros e amazonas, nos seus trajes belos e coloridos. Um pouco mais adiante, descemos para aliviar o peso e ultrapassarmos uma pinguela de troncos soltos. Adiante lama no caminho, o motorista aumentava a velocidade e o carro dançava no lamaçal. Entre subidas e decidas cavaleiros felizes tomavam cachaça e cerveja.

Mesmo com todo o desconforto da viagem, seguíamos felizes pela rara oportunidade. Após muitos solavancos e pequenos sustos, chegamos ao ponto de apoio da Cavalhada, no alto da serra. Local plano com casas parcialmente destruídas e abandonadas. Toldos como cobertura e um caminhão com freezers abarrotados de refrigerantes, cervejas e água mineral e uma churrasqueira tamanho família com espetinhos diversos, nos aguardavam, tudo de graça para servir os cavaleiros e os jornadeiros. Comemos espetinhos à vontade, podendo escolher entre carne de boi, frango e linguiça, mas pouco depois os espetinhos estavam sendo disputado na lei do mais faminto, pois novamente uma multidão de cavaleiros se formou. E então, depois de muitas fotos, tiros de bacamartes, sorteio de prêmios e banho de cerveja, partimos novamente na nossa caminhoneta, por volta das onze horas. Ainda faltavam nove quilômetros, para chegada a pedra do reino. Agora em um terreno mais plano, seguíamos em maior velocidade.  E uma nuvem de poeira amarela nos cobria, deixando cabelos brancos pintados de loiros, roupas e câmeras fotográficas totalmente impregnadas.  Mais no caminho, belíssimas paisagens, com casinhas de taipas, roças de milho, corredores de cercas deitadas e a nuvem de poeira que nos acompanhava. Enfim chegamos sãos, salvos e gratificados pela belíssima aventura a Terra do Reino Encantado.

Cícero Benício