sexta-feira, 29 de abril de 2016

Convocação para a 57ª Jornada Fotográfica - Trabalhadores de Juazeiro

Conforme sugestão da Silvia Nonata, a Jornada deste mês será realizada no próximo dia 30 de abril, sábado, em substituição à Jornada inicialmente prevista para o Parque Nacional do Catimbau, em homenagem ao Dia do Trabalho que será comemorado no dia seguinte.

A nossa homenagem será materializada através de fotografias dos trabalhadores de Juazeiro e de cenas do trabalho na cidade, na véspera do seu dia. Nós nos encontraremos em frente da Prefeitura, às 9:00h. Ali nos dividiremos em grupos, que farão a cobertura em diferentes pontos da cidade. A intenção é fazer um registro do significado da palavra "trabalho" na véspera do seu dia, mostrando como ele acontece em Juazeiro. Para isso, vamos fotografar vendedores, ambulantes, balconistas, garçons, carregadores, e tudo mais que possa taduzir essa palavra, entre realidade, desejos, expectativas, frustrações, tensões, contradições, emoções e muito mais, procurando traçar um perfil do trabalho numa manhã de sábado nesta cidade que ocupa o 6º lugar em população entre os 417 municípios do estado. O trabalho se estenderá até às 13:00, quando então nos encontraremos novamente para um almoço de confraternização no restaurante Papas, que fica embaixo do viaduto.

domingo, 10 de abril de 2016

Convocação para a 57ª Jornada Fotográfica - Parque Nacional do Catimbau


A 57ª Jornada Fotográfica acontecerá entre os dias 21 e 24 de abril, no Parque Nacional do Catimbau, distante cerca de 500Km de Petrolina. O Parque foi criado em 2002, ocupa uma área de mais de 600Km2 e abrange diversos municípios na regiao de Buíque. Conforme a Wikipédia:

"Considerada Área de Extrema Importância Biológica, a unidade apresenta também registros de pinturas rupestres e artefatos da ocupação pré-histórica datados de pelo menos 6.000 anos. Os pesquisadores acharam 30 sítios arqueológicos no Vale do Catimbau. Com isso, o Catimbau é considerado o segundo maior parque arqueológico do Brasil, perdendo somente para a Serra da Capivara, no Piauí." 

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade, que mantém o Parque, ele:

"...tem o objetivo de preservar os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Além disso, é marcado por lindas belezas naturais, com várias espécies de plantas, árvores e flores espetaculares compondo um visual único em sua flora. Existem grandes atrações no Parque Nacional do Catimbau, dentre elas destacam-se a abundância de inscrições rupestres e a grande beleza cênica dos paredões de arenito e das formações rochosas esculpidas pela ação erosiva do vento. A ocorrência de numerosos sítios de pinturas e gravuras rupestres localizados, principalmente, nos abrigos rochosos das serras são realmente imperdíveis. Tratam-se de pinturas realizadas em épocas pré-históricas, que apresentam uma grande heterogeneidade gráfica, com características que as identificam como pertencentes à classe de registros rupestres conhecidos como Tradição Nordeste e Tradição Agreste, bem como a outras classes ainda pouco definidas."

Nós partiremos às 7:00h do dia 21 de abril, quinta-feira, e prevemos chegar no Vale do Catimbau, onde ficaremos hospedados na Pousada do Vale do Catimbau (ao lado da entrada principal do Parque) no início da noite deste mesmo dia. Os dois dias seguintes (sexta e sábado) serão totalmente dedicados à exploração do Parque, onde seremos conduzidos pelo guia Genivaldo. A dinâmica destes dois dias será a seguinte: café na pousada, ida ao Parque, retorno para almoço na pousada, ida ao Parque, retorno para jantar na pousada e repouso. Serão, portanto, quatro períodos no Parque, que serão dedicados à trilhas e exploração dos pontos mais interessantes do ponto de vista fotográfico. O retorno acontecerá na manhã do dia 24, domingo, logo após o café da manhã. A chegada em Petrolina está prevista para a noite do dia 24.

Com relação ao problema informado de zika e chikungunya na região, tanto o guia quanto a gerente da pousada informaram que de fato houve uma grande indicência de ambas em Buíque, mas que agora a situação já está normalizada. Além disso, que Buíque fica separada da Vila do Catimbau, onde ficaremos hospedados e que realmente não há com o que se preocupar. De qualquer forma, ficam todos orientados a trajar roupas compridas e se proteger com muito repelente durante todo o período da Jornada.

Para finalizar, gostaria de lembrar que se trata de uma oportunidade única, tanto pelo destino quando pelo fato que não termos outro feriado de quatro dias até o final do ano. Além disso, o custo engloba praticamente todas as despesas e não existe possibilidade de reduzi-lo ainda mais. Assim, seria mesmo uma pena deixarmos passar a oportunidade de conhecermos este local fantástico.


sábado, 9 de abril de 2016

Celebrando o umbu com forró, pífanos, misses e São Gonçalo


Partimos às 9:30 do sábado, 26 de março, em três carros com 10 pessoas. Chegamos na Fazenda Floresta, na zona rural de Parnamirim, por volta das 13:00h, depois de percorrer 150Km de estrada, dos quais 22Km em estrada de terra. Nessa última, fizemos uma parada para tirar fotos num belo campo que se perdia no horizonte.

Localizar a fazenda não foi tarefa fácil. Nos perdemos algumas vezes e precisamos parar para perguntar várias outras. Quando enfim chegamos, fomos contemplados com um excelente almoço numa casa típica de fazenda. Até agora não esqueço o sabor fantástico daquele molho de tomate com umbu e melancia que acompanhava a massa (mas isso foi na hora do jantar). Depois da refeição e de um breve descanso, fomos conhecer e fotografar a vila e seus habitantes que mais tarde reapareceriam em roupa de gala na Festa do Umbu. Um pouco mais tade, fomos conhecer o local da festa e conferir os trabalhos de última hora: motoserras em plena atividade, um telhado sendo assentado, banheiros sendo construídos e muita correria para deixar tudo pronto para de noite. Ainda tentamos localizar os umbuzeiros da região, mas o sol já estava baixo e voltamos para a fazenda.

Depois de montar as barracas, tomar o banho e trocar de roupa, estávamos prontos para o forró que iria abrir a festa, aberta ao público e totalmente gratuita. No começo eram poucas pessoas, mas conforme a noite avançava os moradores da vila foram aparecendo e causando surpresa pela quantidade. Animação não faltou, e diversos casais arrastaram os pés na areia do chão ao som do legítimo trio de forró até pouco depois da meia-noite. Chão de terra, forró do bom, céu estrelado e todos muito bem vestidos - um deleite para os olhos e a alma.

Quando o cansaço já batia na porta, chega o convite para fazermos uma projeção de uma seleção das fotos tiradas pelo nosso grupo durante a tarde. Numa tela improvisada, construída com um lençol branco em cima do palco, desfilamos uma produção feita às pressas e sem grandes cuidados. E, para nossa surpresa, os presentes que ainda eram em grande número aguardaram com paciência a montagem da projeção, assistiram com grande interesse à mesma e só arredaram pé do local depois do fim. Lágrimas e depoimentos comoventes foram a resposta daqueles que se viram nas imagens ou então aos seus amigos, parentes e conhecidos. Uma experiência única para eles e, definitivamente, muito recompensadora para nós.

Dormimos tarde e acordamos cedo, sem nem dar muita bola para a aranha caranguejeira que no início da noite havia visitado uma das nossas barracas. Depois do café reforçado, desmontamos tudo e aproveitamos para clicar a fazenda. No meio da manhã, fomos até os tais um umbuzeiros que, bem escondidos na mata, estariam carregados de frutos deliciosos. E de fato, que frutas! Sem dúvida nenhuma, os melhores umbus que eu já comi na vida. A ideia era fotografar as moças fazendo a colheita, mas essa parte ficou um pouco prejudicada pelo sabor irresistível da fruta - entre dois clicks, eu mesmo perdia a conta da quantidade de umbus que mandava pra dentro.

Finalmente de volta para o local da festa, nos preparamos para os eventos que dariam continuidade à mesma. No início assistimos a uma roda de São Gonçalo, que foi bastante fotografada pelo grupo. Enquanto isso, os bodes chegavam para uma mini-exposição na garupa das motos - algo que me escapou, mas que espero alguém tenha conseguido capturar.

Eis que chega, então, o grande evento da festa: a eleição da Miss Umbu 2016, escolhida entre um grupo de belas, simpáticas e charmosas moradoras da vila. Numa área isolada, as meninas eram maquiadas e produzidas especialmente pela Carlinha Nogeuria Nunes para o desfile. Do outro lado, era composta a mesa do júri, que teve 2 dos seus 4 membros escolhidos entre fotógrafos do nosso grupo (Flavia Ramos e Catarina Souza) - uma verdadeira honra! Quando o desfile começa, começa também a árdua tarefa de escolher aquela que melhor desfilou sobre o chão batido e melhor se comunicou com o público e o júri. Uma por uma elas mostraram o seu charme e o seu talento, ao mesmo tempo em que o locutor Amauri entretia a platéia com divertidos comentários.

Depois de coroada a Miss Umbu - que recebeu a preferência simultânea e inequívoca do público e da crítica -, o público ainda se divertiu um bocado com uma banda de pífanos, com a degustação e venda de produtos derivados do umbu - doces, licores, conservas etc -, com o imenso cesto de umbus maduros colhidos pela manhã, com as animadas brincadeiras das crianças e com a corrida de argolinhas que iria acontecer mais no final da tarde. Nós infelizmente não pudemos ficar até o final, pois precisávamos vencer o caminho de volta antes da escuridão total. Por isso, embarcamos nos carros por volta das 15:30h.

Nesse pouco mais de um dia inteiro na zona rural de Parnamirim, tivemos a oportunidade de reforçar laços de amizade, fazer novos amigos, conviver com pessoas maravilhosas e curtir um sertão lindo, simples, puro, pleno e auto-suficiente. Material de sobra para as fotos que trouxemos de lá, as quais tenho certeza irão retratar com grande competência e inspiração todos esses momentos vividos.

Nossos agradecimentos para todos os moradores da vila e também, em especial, para o Lídio Parente, a Savany Colares, o Gabriel Çarungaua e o Amauri Alves Filho, que não mediram esforços para promover um evento de grande importância com infra-estrutura de ótima qualidade e entretenimento de excelente nível para todos os presentes. Obrigado por tudo e até a próxima Festa do Umbu!