quinta-feira, 5 de abril de 2018

Francisco, Zezé e as rapaduras

Aqui estão as 116 fotografias produzidas por 12 jornadeiros que, no último dia 18 de março, se aventuraram pela zona rural de Jaguarari e Senhor do Bonfim num percurso que visitou quatro engenhos de cana-de-açúcar.

A seqüência começa na antiga ponte abandonada e continua pelos engenhos do seu Francisco e da sua esposa Ana, do seu Zezé, com quem tivemos a oportunidade de inteagir de forma mais intensa, e de outros dois ainda. 

As imagens revelam toda a simplicidade dos engenhos visitados, com suas  moringas de água, vassouras de piaba, tachos de cobre e utensílios variados espalhados pela área da produção. Apesar disso, o que mais atraiu a atenção dos fotógrafos foram justamente o seu Francisco e o seu Zezé. Carismáticos e extremamente simpáticos e solícitos, eles nos receberam com grande carinho e compartilharam com farta alegria e até emoção as suas histórias de vida. Tudo isso num ambiente de uma natureza verde, densa e exuberante, composta por bananeiras, mangueiras, jaqueiras e abacateiros, tendo como pano de fundo uma serra de grande beleza e um límpido céu azul.

Vale a pena ainda destacar a seqüência de imagens produzida pelo jornadeiro, fotógrafo e jornalista Cecilio Bastos, que utilizou de recursos de edição para produzir um ensaio fotográfico que evoca mistério e estranhamento em ambientes que tem tanta história para contar. Por isso, o ensaio estimula e provoca a nossa imaginação criando um clima de fantástico para enriquecer o discurso do óbvio e do lugar comum, num resultado bastante gratificante. Parabéns Cecilio e parabéns para todos que produziram esta linda edição e registro de uma atividade em extinção e de personagens tão marcantes e queridos. Esperamos em breve retornar aos engenhos para apresentar os frutos deste trabalho.


2 comentários:

  1. Obrigado, Marcus! Você sempre nos proporcionando possibilidades para expressar as diversas leituras sobre o Semiárido. Apenas um singelo registro em meio à grandes olhares.

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    1. O semiárido é rico em leituras e é graças a iniciativas como a sua que temos o privilégio de desvendá-las e conhecê-las. Continue sempre assim e parabéns novamente.

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