sábado, 27 de dezembro de 2014

44 na 44ª, parte 1


A última Jornada do ano foi especial sob diversos aspectos. Para levar os 44 jornadeiros (recorde absoluto de participantes, sendo que 12 eram novatos) até o Parque Sete Passagens em Miguel Calmon (BA), foram necessários dois micro-ônibus (fato também inédito) e uma logística relativamente complexa. Eu dessa vez não pude estar presente, por isso a coordenação foi deixada aos cuidados de Flavia Ramos e Danielly Beserra, que garantiram o sucesso de mais essa empreitada com o seu carinho, a sua atenção e o seu esforço. Às duas, o meu muito obrigado. Os meus agradecimentos vão também para Itamar Maia, Aldenice Maciel Pereira e Luciano Costa, cujo apoio foi fundamental para que tudo desse certo. O relato abaixo, que me fez fechar os olhos e experimentar os principais momentos dessa Jornada como se eu estivesse estado lá, foi escrito pela Flavia Ramos. Leia e tenho certeza que o mesmo acontecerá com você. As fotos acima são de Maurício André.

Por Flavia Ramos

Eram 06:45 de um sábado nublado quando saímos de Petrolina em direção ao parque. Éramos 42 jornadeiros, distribuídos em 2 microônibus.  Na bagagem, muita ansiedade e animação. No caminho, pausa para pegar o estreante jornadeiro Marcello, que nos aguardava em Jaguarari. Logo após, pausa para o banheiro e lanche rápido em um posto pouco antes de Senhor do Bonfim. Em Senhor do Bonfim, ainda tivemos duas novas paradas, uma para abastecer o ônibus 2 e uma outra, em uma blitz da polícia militar. Tudo brevemente resolvido, pudemos então seguir pela verde e sinuosa estrada até Jacobina, onde pudemos saborear um churrasco. Nesse ponto também, felizmente, fomos acompanhados por Felix e Wanessa, o casal novato que perdeu a hora, mas não a disposição para a aventura. Grupo finalmente completo, com os 44 jornadeiros, estômagos cheios, ânimo renovado.

Viagem curta até Miguel Calmon, subimos então a serra até chegar ao Parque das Sete Passagens.

Barracas armadas, fomos então para a nossa primeira trilha, a Cachoeira do Jajai, onde uns participantes aproveitaram a água geladíssima para se refrescar, enquanto outros apenas admiravam o local, fotografando tudo. Morro abaixo, morro acima, com pausa para apreciar a vista do mirante, voltamos então ao acampamento. Hora de enfrentar o congelante banho no único chuveiro do parque. Enquanto isso, a fogueira era acesa e os espetinhos e pães com alho iam para o fogo. A noite já começou mostrando que a fogueira seria essencial, pois a temperatura já estava caindo consideravelmente. Conversa animada ao redor da fogueira, eis que a chuva vem para nos assustar, fazendo com que a maioria dos jornadeiros corresse para suas barracas para se certificar de que estavam bem fechadas,  os demais aguardavam, embaixo de um pequeno alpendre, que a chuva desse trégua para que continuássemos nossa divertida noite.

Finalmente a chuva cessou e pudemos então retomar nosso jantar. Daí então, o grupo se revezava ao redor da fogueira, ou ao som do “Dj Laécio e seu celular”, dançando  forró embaixo do alpendre. Valia tudo na tentativa de aquecer aquela gélida noite. Pausa para nossa já tradicional foto noturna, executada pelo caprichoso Maurício André. E assim transcorreu a noite, com comidas, cerveja, vinho, conversa boa, animação total. Daí então, pouco a pouco, o cansaço e frio foram falando mais alto e os jornadeiros foram se recolhendo às suas barracas.

No domingo, o dia começou bem cedo, com café da manhã coletivo, regado a relatos da noite anterior, café e chocolates quentes, frutas, biscoitos, bolos em torno da mesa.

Feito nosso abastecimento, o grupo foi dividido em três, cada um com a trilha mais indicada aos objetivos e possibilidades de cada um. O primeiro grupo partiu para a longa caminhada até o Vale do Dandar. O segundo foi até a Cachoeira do Bico do Urubu, uma trilha longa e pesada, de alta dificuldade. Por fim, o terceiro grupo pôde apreciar a Cachoeira da Garganta, em uma trilha curta e de baixa dificuldade. Dessa forma, todos nós aproveitamos nossa manhã entre as diversas opções do parque.

Voltando ao acampamento, hora de desarmar barraca e organizar nossos pertences para começar nossa viagem de volta. Em Miguel Calmon, fomos em direção ao restaurante previamente reservado para o nosso almoço, porém lá acontecia um evento, impossibilitando nossa refeição naquele estabelecimento. Diante disso, partimos em busca de um outro lugar onde pudéssemos almoçar, mas, o horário avançado (passava das 15h) de um domingo fez com que só encontrássemos lugares fechados. Já em Jacobina, a única possibilidade nos surgiu com um letreiro escrito “aberto” em uma lanchonete. Muita gente, literalmente, correndo até o local, onde fomos recebidos com sorrisos assustados, que não esperavam atender aquela enorme quantidade de pessoas. Após os sanduíches, já com a noite se aproximando, voltamos à estrada. Pausa em Pindobaçu para comprar queijo, petas e doces. Por fim, partimos definitivamente para o nosso destino.

Chegamos no horário previsto, 22:00, cansados, com sono, mas com o doce sabor de mais um dever cumprido. Infelizmente, nessa aventura, não tivemos a alegria de contar com presença do nosso líder coordenador Marcus Ramos, que não pôde nos acompanhar fisicamente nessa jornada, mas que se fez presente o tempo inteiro.

Eu, Flavia, agradeço a todos, pela confiança, paciência e presença nessa jornada. Marcus preparou todos os detalhes com o zelo de sempre, e nós (eu e Danielly) nos esforçamos ao máximo para que tudo transcorresse da melhor maneira possível.

Aos novatos, sejam muito bem-vindos. Aos veteranos, muito obrigada pelo apoio de sempre.

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