Foto: Anônimo
Foto: Anônimo
Foto: Anônimo
Foto: Teones
Foto: Teones
Por ser muito famosa e importante, esta era uma Jornada desejada há muito tempo. Como a Missa do Vaqueiro em Serrita acontece sempre no mês de julho, e este mês, juntamente com janeiro, são os nossos recessos, não tinha sido possível organizar uma Jornada até lá até o momento. Mas neste ano foi diferente e resolvemos deixar de lado o recesso para poder comparecer ao evento. E que evento!
Partimos num grupo pequeno, formado por apenas 8 jornadeiros, às 8:00h da manhã do sábado. Quatro horas depois, chegávamos em Moreilândia onde ficava o Hotel Santa Terezinha, onde nos hospedamos. Nos acomodamos nos dois quartos que nos foram reservados e almoçamos por lá mesmo. Logo em seguida, ansiosos que estávamos, fomos procurar algum evento relacionado à festa e encontramos uma Pega de Boi nas proximidades do Parque Estadual João Cancio, onde a festa e a missa são realizadas.
Ao chegarmos no local onde a Pega de Boi era realizada, fomos logo recebidos com uma ventania de terra e poeira que nos mostrou como seria o restante da tarde. Debaixo de um sol muito forte, nos aproximamos das dezenas de vaqueiros e curiosos que se aglomeravam no local improvisado de onde vaqueiros e bois saiam em disparada à caatinga. Um locutor se esgoelava do alto de uma torre de madeira, enquanto comandava de forma nervosa as disparadas e chegadas. Do lado de baixo, os vaqueiros saiam correndo e voltavam, invariavelmente, com feridas à mostra e o sangue correndo em alguma parte do corpo. Ficamos por lá até por volta das 16:30h, e depois fomos conhecer o Parque, nas proximidades.
No Parque, visitamos as barracas de alimentação, as barracas de artefatos de couro e ainda tivemos a chance de presenciar uma vaquejada. Depois, assistimos à premiação dos vencedores da Pega de Boi (R$1.000,00 para o 1º colocado, com 24 segundos) e sentamos para comer um bode com cerveja. O céu do final de tarde estava deslumbrante e deve ter rendido ótimas fotos. Já era por volta de 20:00 quando retornamos para o nosso hotel. Nada de descanso, no entanto. Tomamos (nem todos...) um banho de água gelada e saimos para procurar um local para jantar. Acabamos escolhendo uma pizzaria num local deserto, mas valeu pela conversa e pelas situações inusitadas, como por exemplo pedir H2O para a atendente e receber uma garrafa de água mineral - situação que rendeu muitas piadas e ótimas risadas durante todo o restante da viagem, até a volta.
O domingo começou cedo. Levantamos às 6:00h, tomamos café e chegamos no Parque antes das 8:00h. Os vaqueiros foram chegados aos poucos, e todo esse movimento permitiu boas fotos. Eram 10:00 quando finalmente a missa teve início, depois que vaqueiros e os seus cavalos se alinharam na parte central do grande terreno circular, palco principal do lugar. Foi uma missa longa, com 2 horas de duração, e belíssima. Estavam presentes o bispo, padres, o Coral de Aboios de Serrita, Jambinho e sua sanfona, Josildo Sá e uma grande quantidade de assessores, ajudantes, coroinhas e tantos outros. A leitura de trechos da bíblia era intercalada com música ao vivo, aboios de Pedro Bandeira (um dos fundadores da missa), sermões do bispo, interações com os vaqueiros, a tradicional entrega de objetos do vaqueiro para a benção dos padres, a comunhão e muito mais - tudo assistido e acompanhado com grande vibração por vaqueiros e visitantes. Uma legião de fotógrafos, nós incluídos, se espremia para conseguir os melhores ângulos em cada uma dessas situações.
Depois do final da missa, por volta de 12:30h, ainda tivemos a oportunidade de conversar e tirar fotos com o Josildo Sá e também o Truvão (dono daquele famoso touro que está presente em todos os eventos de vaqueiros da região). Antes de sair do Parque, fomos às compras e incorporamos na bagagem chapéus de couro, perneiras e outros itens que eram comercializados nas barracas instaladas lá dentro.
Decididos a almoçar em Serrita, já no retorno para Petolina, precisamos mudar de planos em função da grande agitação que dominava a cidade, ainda por conta da festa no Parque que já tinha ficado 30Km para trás. Assim, seguimos um pouco mais para a frente, decididos a parar para almoçar em Parnamirim. No meio do caminho, vivemos uma experiência única quando decidimos parar a van no acostamento da rodovia, sair para a caatinga e abrir o espumante gelado levado pela Ana Rita. Depois de vários brindes e muitas fotos, e alegres pelo consumo daquela maravilhosa garrafa, entramos no ônibus fomos finalmente almoçar em Parnamirim. Depois do almoço, o sono tomou conta da van e deixou para trás todas as risadas e brincadeiras que eram o tom até então. Chegamos em Petrolina um pouco depois das 18:00h, muito felizes e recompensados com o final de semana intenso e emocionante vivido na companhia dos amigos.
Deixamos aqui registrados os nossos agradecimentos para o nosso piloto Teones, que além de extremamente cordial, simpático e atencioso, dirigiu com grande segurança durante todo o tempo e ainda resolveu situações de negociação com terceiros com grande habilidade, em favor do grupo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário