A última jornada do semestre teve como objetivo documentar o tradicional Forró da Espora. Realizado no estádio de futebol de Petrolina há exatos 40 anos, a 41ª edição do evento foi transferida este ano para o novo Pátio de Eventos, na periferia da cidade, local onde aconteceram as festas diárias do "São João do Vale". Se, por um lado, a mudança do local não seria um problema por si só, o que se verificou é que na prática houve mais do que uma simples mudança de endereço. Os conjuntos regionais de forró foram substituídos por bandas eletrônicas de gosto duvidoso, o público tradicional, formado por vaqueiros, compareceu em baixo número e foi de longe suplantado pelos baladeiros de toda hora, o ambiente não tinha uma fração do charme do local original e assim segue a lista. Uma pena para a cidade que o Forró da Espora exista agora apenas na memória daqueles que tiverem o privilégio de conhecê-lo até a edição de 2012. Do ponto de vista fotográfico, não era o que queríamos, mas como não houve tempo para reprogramar a jornada, lá fomos nós fazer registros do que nos pareceu interessante nessa noite. Para os vaqueiros, também não deve ter sido um evento importante, tanto é que no dia seguinte a presença deles na tradicional Missa do Vaqueiro ficou muito abaixo da verificada nos anos anteriores. Para quem não sabe, os vaqueiros tinham o hábito de sair com os seus cavalos do Forró da Espora na madrugada do domingo, após o café da manhã, e se dirigir diretamente para a orla, onde acontece a missa. Um tradição que deixou de existir, infelizmente. Quanto ao registro visual, em breve poderemos analisar e discutir a sua importância cultural.
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